É verdade, depois de muito me queixar do modo como as coisas são feitas neste pequeno país, à beira-mar plantado, rendi-me às evidências. Quando comparados com os nuestros hermanos, somos sem dúvida melhores no que fazemos.
Senão, vejamos as tropelias porque passámos nesta nossa pequena escapadela até Sevilha:
Partimos de Lisboa com Hotel marcado e mapa na mão. Chegámos a Sevilha às 24.00 e encontrámos o Hotel às 02.30 (sim, sim, 2 horas depois), mesmo depois de termos telefonado para o hotel a pedir direcções e de estarmos a uns escassos metros do hotel (descobrimos nós depois), o senhor espanhol com quem o meu marido falava só lhe conseguia dizer que não conhecia a rua onde estávamos mas que tinhamos de estar perto (segundo ele era só subir a rua e já lá estávamos), mas QUAL RUA?! Estávamos rodeados de vivendas e ruas e mais ruas. Escusado será dizer que encontrámos o hotel graças ao velho espírito do desenrasca tuga aliado à mera sorte.
Na Isla Magica, apesar das diversões serem fantásticas, o calor humano não reina. Nós sentimo-nos carne prestes a ser enlatada, nem para as crianças existe um leve esboçar de sorriso. Entre a saída das diversões e a entrada de um novo grupo passa uma eternidade pois só existe um auxiliar por diversão, e a porta para a entrada só se abre depois da última pessoa sair. E, pior que isso, não entendo muito bem como é possível as entradas e saídas se efectuarem pelo mesmo sítio?! Onde está o sentido de produtividade num país supostamente mais desenvolvido do que o nosso pequeno rectângulo?
O culminar da excitação que atinge aqueles seres, foi nos carrinhos de choque para crianças, onde o auxiliar se limita a abrir a porta, fechá-la depois de entrar a última criança e pôr os carrinhos a andar. Nada mais, não interessa se as crianças conseguem fazer com que os carrinhos saiam do sítio. O que nos valeu, mais uma vez, foi o nosso modo de estar. Do outro lado do portão as mães e pais tugas gritavam aos respectivos filhos para não pararem de rodar o volante, e assim lá se conseguiam movimentar.
Depois deste fim-de-semana em terras espanhola, VIVAM OS TUGAS.
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